2012/05/28

O anúncio e a fragrância já têm 3 ou 4 anos, mas ultimamente tenho dado de caras com ele nas perfumarias.
É mais um rapaz dos perfumes, a fazer lembrar Morrison...

2012/05/27

"Junta-se a fome com a vontade de comer."
Expressão (que podia ser) gay.

2012/05/26

Hoje é dia de ESC (Eurovision Song Contest).
Aquele que começou por ser um festival de música ligeira (inspirado no festival de San Remo) poderia ser hoje um festival de world music que juntasse toda a diversidade da Europa. Mas não é nada disso e nem sei o que é. Há muitos anos que deixei de seguir.
A juntar a isto, a participação portuguesa costuma ser medíocre, e isso é o que mais me entristece (talvez tenhamos que recuar até 1974 para recordar o fim do período de ouro em que a RTP representada de forma digna a música nacional). Por isto, acho lamentável que o evento não seja usado para divulgar alguns compositores ou bandas portuguesas que mereciam ser vistos e ouvidos em direto, em horário nobre, por mais de 100 milhões de telespetadores em todo o mundo. Em suma, deveria ser feito o serviço púbico que não faz...
Curioso, ou talvez não, é o facto de o festival ter muito sucesso na comunidade gay (e como muitos seguidores nos nossos amigos da blogayesfera :-)...
Seja como for, faz parte das memórias de muitos de nós, e eu até me consigo lembrar que uma mão cheia de músicas e músicos/bandas que por lá passaram e que ainda hoje oiço. Os Brainstrom, por exemplo, fizeram parte da minha play list durante algum tempo e descobri-os no palco do ESC há uma dúzia de anos atrás.

Waterfall (Brianstrom) | Letónia

2012/05/25

Alababa Shakes.
Com o álbum de estreia, Boys & Girls, os Alabama Shakes tornaram-se certamente numa das revelações do ano, e são uma das razões para eu querer ir ao Super Bock Super Rock (e já são algumas).
Façam como eu; oiçam e viciem-se.


Hold on | Boys & girls, 2012 | Alabama Shakes
Love is real, real is love.
Ao som de Love (John Lennon), umas das mais belas canções de amor.

2012/05/24

"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente."
Palavras de Henfil , ao som de The flowers (Regina Spektor).

2012/05/22

2012/05/21

Gonçalo Teixeira.
Globo de ouro para Melhor Modelo Masculino português em 2011.

2012/05/20

"Atirei o pau ao gato."
Verso infantil (que podia ser) gay.

2012/05/19

O bloguista Lenin Foxx, do blogue estórias do mundo, que participou no 2.º Pixel, com a História #02, lançou hoje o seu primeiro livro - ESPARTANOS.


Segundo o autor, a obra é baseada em um antigo blog, o Pseudea, e conta a estória de 4 garotos espartanos que crescem durante a guerra do Peloponeso.
E, tendo o livro nascido nesta vida virtual dos blogues, o Lenin quis fazer o seu lançamento na net, em simultâneo com vários blogues. Eu não o posto na hora certa, mas não quero deixar de dar o meu contributo no lado de cá do oceano, e desejo-lhe os maiores sucessos.
O livro pode ser comprado aqui, onde encontrarão um linque que vos leva à leitura das 12 primeiras páginas da obra.

Resta dizer que, é mais um participante do Pixel a publicar um livro (já tinha acontecido na primeira edição, embora não tenha feito eco disso por aqui).

2012/05/18

Ainda sobre abraços...
Na altura que se iniciou o último Pixel, planeei sair à noite numa sexta-feira com um amigo (algo que não acontecia há largos meses) e, na última hora, porque se proporcionou, convidei mais duas pessoas: um amigo que não via há algum tempo e um "amigo bloguista" que tinha participado no primeiro Pixel e com quem tinha um "café" combinado desde então. (Eu sou daquelas pessoas que não tem problemas em partilhar amigos).
No final de uma noite de T, já pela madrugada, levei o "amigo bloguista" a casa, e quando lhe estendi a mão para me despedir, ele disse que tinha que ser com um abraço... e lá saiu um abraço meio trapalhão.
Como já aqui o devo ter dito, não sou de abraço fácil e estes "abraços-surpresa" não costumam correr bem, mas desta vez achei graça, até porque "aquele abraço" estava na ordem do dia e porque, pelo pouco que conhecia dele, não o imaginava a fazer aquilo (e ainda não imagino).
Desde aí, agradeço-lhe a sua companhia aos fins-de-semana (sem mais abraços :-), e tem sido muito divertido.
Abraços-surpresa, ao som de Aquele abraço (Elis Regina).

2012/05/17


O vencedor do PIXEL | 2.º CONCURSO DE PEQUENAS HISTÓRIAS LGBT é o Pinguim (whynotnow) com a História #01 - (sem título).

Parabéns ao Vencedor, aos restantes finalistas e a todos os participantes.
Agradeço ainda a todos os que acompanharam o concurso como leitores.
E termina desta forma mais uma edição do Pixel, que certamente regressará daqui por alguns meses.

Fica o registo dos resultados finais.


1.º - História #01 (pinguim) - 66 (48%)
2.º - História #34 (sad eyes) - 36 (26%)
3.º - História #24 (silvestre) - 14 (10%)
4.º - História #14 (margarida) - 11 (8%)
5.º - História #25 (joão/luís) - 8 (5%)

2012/05/15


Embora nas configurações do blogue esteja programado que a poll de votação encerra hoje às 23H59, por capricho da blogger a votação será prolongada por mais algumas horas, findas as quais será oficialmente anunciado o vencedor e enviados os resultados da primeira fase da votação a todos os participantes.
E os que ainda não votaram, podem aproveitar para fazê-lo.
Mais uma t-shirt antiga, enquanto me preparo para novos projetos :-)



Ao som de Love etc. (Pet shop boys).

2012/05/14

Mais um rapaz dos perfumes.
A Carolina Herrera lançou uma fragrância Sport do CH MEN. Ontem experimentei, mas gostei mais do rapaz do que do perfume.
Ao som de Perfume (Entre aspas).

2012/05/11

Morreu hoje Bernardo Sassetti, com apenas 41 anos.
Fica a obra do pianista e compositor.

2012/05/09


Contados os votos dos participantes (tendo cada um votado nas suas 5 histórias favoritas), estão apuradas as 5 histórias finalistas do PIXEL | 2.º CONCURSO DE PEQUENAS HISTÓRIAS LGBT.
E, por ordem de publicação, os 5 finalistas do concurso são:

História #01 - (sem título)
Autor: Pinguim (whynotnow)

História #14 - Abraço que cura
Autora: Margarida (sem nome)


História #25 - O horto prodigioso
Autor: João e Luís (INDEX ebooks)



A poll de votação fica no topo da coluna da esquerda até terça-feira, dia 15, às 23h59 horas.

As restantes histórias ficam, oficialmente, em 6.º lugar (até porque a disputa foi grande). Os resultados da primeira fase serão enviados a todos os participantes do concurso, depois de apurado o vencedor.

Terminou há uma semana o prazo para receção das histórias concorrentes ao 2.º PIXEL, e durante a última semana os participantes (autores das histórias do concurso) votaram para escolher as 5 histórias finalistas que, nas próximas 24 horas, serão colocadas a votação aqui no blogue, para que seja escolhida a história vencedora, por votação de todos os que aqui passam.

Entretanto foi publicada uma história extra (do André) que foi recebida quando já decorriam as votação, pelo que não foi integrada no concurso. Mas fica, para todos os efeitos, publicada como parte desta edição do Pixel.

Aproveito para atualizar a História #05, a pedido do seu autor, para que a mesma fique associada ao seu blogue (O Verônico).
E fica o convite, aos demais que têm blogues mas que optaram por participar de forma "anónima", para que façam o mesmo :-)
História #extra
Autor: Driftin' (anagrama do silêncio)

UM DIA DIFERENTE

Uma casa velha, muito branca - um daqueles brancos imaculados e rugosos, à espera de que as palavras se abram num sorriso. Uma casa velha na projecção da memória que se reflecte nos espelhos do tempo.
Entrei!... Teria sido indelicado ignorar o convite, qualquer que fosse o pretexto. O inesperado não era, decididamente, um argumento válido, não obstante a surpresa. Não obstante os compromissos.
Foi um sorriso quem me abriu a porta. Um sorriso transparente, quase como os da minha juventude, quando a tia Laurinda me saudava lá de cima, da janela sobranceira a um futuro que já não existe. Ou quando um desconhecido parava à conversa com o rapaz que, por alguns dias, se libertava da azáfama da grande cidade.
Lá dentro, como num filme a preto e branco, recordei-me dos gestos, dos sentimentos, da vida daquelas pessoas que, hoje, se calhar, haveriam de olhar-me como um estranho. O tempo substituiu a alegria pela distância. A cordialidade pela indiferença. A verdade, essa, acabou por se perder nas areias do esquecimento.
Uma casa muito simples. O inconfundível cheiro de uma tranquilidade à beira da extinção. Um breve silêncio e, depois, quase o reencontro de dois amigos nas coordenadas do acaso. Nas inesperadas reviravoltas da vida. As confidências pareciam ter-se reunido no semicírculo dos cadeirões, como se há muito aguardassem por uma ocasião propícia. Como se a amizade não desse trabalho. Como se fosse óbvia. Espontânea.
À saída, um abraço ocupou o lugar de um incaracterístico aperto de mãos. Um abraço confiante, decidido, sem obstáculos. Teria sido um dia diferente sem o convite do Ezhno. Um dia menos preenchido. Mais pobre.

2012/05/08

Amamos a prazo, achamos que não, e passamos a vida a pensar que é para o resto da vida. Eu, acreditei sempre que era para sempre; e de todas as vezes percebi que não. Hoje disseram-me que a melhor forma de viver é sem fazer planos para o futuro, deixar que aconteça, sem esperar pelo príncipe encantado, e que só sofremos quando (o) queremos; Porque quando caímos do cimo dos sonho ficamos a acreditar que, para amar a prazo, é preferível não voltar a amar; E há tanta gente por aí a viver momentos descartáveis, que seremos só mais um; Pois se é para ser a prazo, que seja mesmo a muito curto prazo.
Continua o desencanto (e tanto), pois se a vida é a prazo, porque não haveria o amor de ser?
Há (des)amores assim.
Amamos a prazo , ao som de Há amores assim (Donna Maria).

2012/05/06

"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és."
Frase (que podia ser) gay, de J. Goethe.

2012/05/04

Fiona Apple. Um regresso muito esperado e que dispensa mais palavras. É melhor ouvir :-)


Every single night | Fiona Apple

2012/05/03

Já fui...
... à Panasqueira


É dia de ir...
Disse-me um amigo que nas Beiras ao restolho chama-se panasco, e daí a toponímia "Panasqueira. Por isso, sempre que ando na Panasqueira, lembro-me de como seria a versão do "Restolho", de Mafalda Veiga, se ela tivesse nascido por aquelas bandas.
Oiçam a música a façam o exercício :p
Pérolas da toponímia, ao som de Conquistador (Da Vinci).

2012/05/01

História #35
Autor: Ricardo (uma outra face)

Tudo o que queria agora era um abraço teu. Não era sexo, não era um beijo. Apenas um abraço, um longo abraço e poder adormecer neles. Sempre me senti tão confortável neles, sentia que nada me podia acontecer.
Não eram como os abraços que dava a mim mesmo antes de adormecer. Esses não me reconfortavam, não me acaloravam como os teus, eram no fundo vazios, mas serviam-me. Não que preenchessem um qualquer vazio que eu não sabia que existia, mas não me deixavam dar conta dele. Até que, apareceste tu e me abraçaste. E agora que não estás aqui dei-me conta desse vazio que estava lá, mas que eu não sentia.
Sabes aquele momento cliché dos filmes românticos em que a protagonista se abraça a ela durante o chuveiro, e se deixa cair até ao fundo da banheira, por ter perdido o seu amor?
Credo, que a parede é fria, quem diria? Mas eu não me importo. E choro e vou-me a baixo.
Afinal é no chuveiro que penso e os meus pensamentos foram dar a ti, a nós, aos teus abraços e agora compreendo a protagonista que eu achava fatalista e terrivelmente melodramática. Mas ao contrário do filme, tu não voltas. E eu levanto-me. Aguento-me. Saio do banho totalmente seco e recomposto. Vou para a cama. Abraço-me e volto a adormecer.
Estes servirão até encontrar os últimos braços, que me darão os abraços que me serão perfeitos. Porque têm de estar por ai, não me podem ter dado a conhecer a felicidade para a ter perdido para sempre.
História #34
Autor: Sad Eyes (good friends are hard to find)

ONE HUG IS ENOUGH

Enquanto crescia, Hugh descobria o prazer dos abraços: aqueles apertos ternurentos com a forma do seu corpo. Um abraço era suficiente; e todos os dias, com um enorme sorriso, aquele menino abraçava toda a gente. O menino tornou-se o rapaz dos abraços que já ninguém estranhava. Haveria mais alguém que tivesse abraçado todos os familiares, amigos, colegas, professores e vizinhos? Só Hugh. E quando chegou àquela idade em que todos os amigos queriam mudar o Mundo, a utopia de Hugh era abraçar todas as pessoas do planeta; mas percebeu que seriam milhares de milhões de abraços, e que teria que abraçar centenas de pessoas por minuto, durante todos os minutos de todos os dias; por isso, quando os amigos perceberam que afinal não podiam mudar o Mundo, Hugh já sabia que nem sequer o conseguiria abraçar por inteiro. Mas não se deu por vencido; decidiu que começaria por abraçar a sua cidade. Vestiu-se de abraços e lançou-se nessa árdua mas prazerosa tarefa. One hug is enough, era o mote com que Hugh ia para a praça nos finais de tarde abraçar os transeuntes. Foi desta forma que conheceu um rapaz que todas as tarde ali passava para receber aquele abraço. Agora Hugh também gostava de o abraçar, todos os dias; por isso ficou triste na primeira tarde que ele não veio. Mas no dia seguinte o rapaz voltou, e os dois com um grande sorriso abraçaram-se como se fossem velhos amigos. Então o rapaz disse-lhe: “ontem não vim ao teu abraço, porque pensei que quisesses dar apenas um abraço a cada pessoa; mas depois percebi que o teu abraço é suficiente para nos fazer felizes, por isso hoje tive que voltar e agora tenho a certeza que, para nós, um abraço não é suficiente.”
(A t-shirt dos abraços de Hugh)
História #33
Autor: Bianca (cabra branca)

ABRAÇO

Sentia-se um traste. Deixara de acreditar na felicidade desde que se lembrava.
Um dia, vai ser o seu dia - dizia a recém-chegada Clotilde, mostrando as fotografias do seu neto – vai sim! Vai encontrar o seu ninho, o seu espaço... Enquanto Clotilde dissertava pela vida cheia que levara, agora resumida ao lar e ás fotografias que trazia da família, Antónia de esperança vazia, fazia-lhe a cama de lavado.
Antónia perdera o último afecto, quando levara a enterrar a que se afizera chamar Tia, dada a doçura e paciência da senhora, que aguardava numa espera eterna a chegada da única neta que lá a deixou, com convicção e promessa de voltar. Não voltou.
Tia, se foi só. Despedira-se num azul céu, acompanhada pela única que respirava, Antónia.
No dia da chegada de Tia ao lar, Antónia tinha-se despedido de um outro corpo, uma menina de 98 anos, continuava a ser menina, vivera uma vida abastada, recheada de aventuras, abonada de alegrias, uma quase difícil conjugação entre fartura e ternura. Antónia, de vida oca, conhecera todas as tramas da falecida, a que dava agora cama vazia a Clotilde.
Antónia, largada desde que se conhecia, vivia no lar. As senhoras vinham, chegavam com vidas cheias e ainda pejadas de vida partiam.
Que pensa você Antónia? Está tão pávida, tão calada... continuava Clotilde. Antónia, não mais queria saber de vitalidades gozadas, fotografias e histórias contadas, queria ela do que lhe faltava, não de uma vida alada.
Encarando Clotilde a lágrima lhe caiu. Saiu do quarto desgastada, abandonou a bata pelo chão do corredor que dava à entrada. Abriu a porta e saiu, saiu para a rua. E quem por ela passou esbarrou com tamanha certeza. Antónia entrou na loja, na da Laura florista, adornava ela ramos garbosos que acompanhavam no adeus às suas senhoras de passados fogosos.
Beijou, um beijo profundo com tenros lábios. Laura percebeu, Antónia chegara.
História #32
Autor: João Pedro

"SERÁ UM ABRAÇO POSSÍVEL?"

- Vai a casa buscar o livro, encontramo-nos, e devolves-me.
Fui depressa!
Mais de um ano depois, como seria rever-te? O sentimento de culpa pela forma descuidada da minha parte em como tudo acabou ecoou longamente em noites, como a última... Vi-me ao espelho no elevador... não queria que me visses amargurado, mas sereno.

Encontrámo-nos na estação de metro, o local mais impessoal possível... A Boa Educação não nos deixa ficar mal...
- A Faculdade corre bem? Quando Acabas? Tudo bem com a família? ... (Uma aparente simpatia momentânea confortou-me... mas tenho poucas esperanças de que acredites que, sinceramente, te desejo Felicidade...)
Prolonga-se o mero encontro utilitário na mesma carruagem... Ficámos frente a frente separados pelo silêncio que me cortava... Dir-te-ia que, com o tempo e a convivência, por vezes percebemos que estamos a construir a vida num rumo que parece errado, que os valores pelos quais eu te escolhi foram errados... E que tu não eras como eu pensava que fosses...
Isso não significa que o sentimento que me juntou um dia a ti não fosse genuíno. A culpa nunca é de um só, mas da junção dos dois que não resultou... Eu sei que aprendi contigo e connosco. Sei que és uma pessoa fantástica e ainda vejo beleza em ti... Doeu-te, mas nunca podia ficar contigo por pena. Doeu-me! Mas hoje sei que fiz o certo.
Dizer-te isto, seria para ti como confirmar a minha leviandade e desrespeito por ti... Mas a exaustão há muito que me venceu. Silencio-me em bandeira de paz...
Essa paisagem, fotografia por mim que encontrarás no meio do teu livro, é como me quero lembrar de nós: na beleza de um sentimento que não previa o desvanecer...