2013/05/11

<3
É do conhecimento geral que, de acordo com as teorias de Albert Mehrabian, quando comunicamos, apenas 7% do que dizemos se deve à componente verbal (palavras), enquanto os restantes 93% ficam por conta da linguagem não verbal (tom de voz, expressão facial e corporal, postura...). 
Numa era em que comunicamos muito pela escrita, com mensagem curtas e instantâneas, a comunicação - contrariamente ao que aparenta - tornou-se muito mais difícil. As sms ou os comentários nas redes sociais são formas de comunicação que, pela sua natureza, têm muito pouco conteúdo verbal, e são despojados de conteúdo não verbal.
Por esta razão usamos e abusamos de símbolos ou "smiles", porque se tornaram imprescindíveis para ajudar a transmitir as nossas expressões faciais e/ou sentimentos.
Com um lol rimos com a ponta dos dedos; com um :p expressamos tom de brincadeira; com um ;) mostramos um sorriso ternurento; e com um <3 dizemos a alguém que o/a amamos, em cada mensagem que escrevemos.
Apercebi-me que este inocente <3, é um dos mais curiosos "smiles", porque não só nos faz sorrir com o coração, como nos diz e lembra que o amor (aquele amor) é apenas entre dois; e para o entender, basta saber o be-a-ba da matemática e ter aprendido que dois é menor (<) que três (3).
É a mais pequena declaração de amor.
<3, ao som de Check my heart (The pastels).

22 comentários:

  1. amei o post.
    ás vezes existem confusões acerca dos comentários no Facebook pois não há aquela componente não verbal que nos permite perceber se a pessoa está a brincar, a ser irónica ou a falar a sério. Valha-nos os smiles.

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    1. É bem verdade. E não há pior do que ter uma discussão por sms.
      :-)
      Abc

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  2. Gostei, eu que só conhecia o :) e o :P

    lololololololol

    Sou mesmo básico lolololol

    Abraço

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    1. Também conhecias o lol múltiplo.
      E também podes começar a dar uso o <3, que não te fará mal nenhum :p
      Abc

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  3. É a mais pequena declaração de amor.
    Gostei muito ;)

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  4. Muito interessante esta reflexão. Sabes, na minha licenciatura a linguagem corporal, digamos assim, é muito importante. É sabido por todos que gesticular um pouco enquanto falamos ajuda a transmitir a nossa mensagem. Tenho colegas que ao falarem com os professores utilizam as mãos; eu não consigo. Não sou nada de gesticular enquanto falo.

    Na mesma senda, sei de colegas que preferem as orais aos exames escritos e também nisso difiro: eu "safo-me" melhor a escrever do que a falar. Sempre me expressei melhor na escrita.
    O uso de "smiles" e de abreviaturas é uma constante nos dias de hoje, seja em sms ou nas redes sociais. Eu evito ao máximo abreviar. Sou rigoroso. Em relação aos "smiles", gosto de usar. Torna a mensagem mais divertida. :)

    abraço.

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    1. A oralidade e a expressão corporal tb se treinam, e dependendo daquilo que queiras fazer da tua vida profissional, poderá investir nisso.
      Se escreves bem e te "safas" assim só há que explorar o resto, e a faculdade é um bom local para o fazeres.
      Abc

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  5. é muito bonito este teu texto. engraçado, ainda prefiro escrever a palavra 'amor'.
    e se o haneke, em vez de 'amour', tivesse desenhado um enorme coração? ou '<3'?
    bjs.

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    1. Seria uma linguagem universal e dispensaria traduções. Foi o que os Sigur Rós fizeram com o seu o seu terceiro álbum, intitulado ( ), numa língua imaginária e, por tudo isso, o mais "universal" de todos.
      Bjs

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  6. O poliamor também existe e recomenda-se. E não me vem da teoria esta certeza, mas da realidade real. Não limitemos o que, por definição, não precisa de limites.
    Sobre a comunicação, tudo o que aqui foi dito, foi bem dito, e é atestado pela psicologia. Até a distância física que mantemos durante uma conversação é uma forte e eloquente declaração (absorvida pelo outro, mesmo que só a nível sub/inconsciente).

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    1. Sobre o poliamor, pese embora já tenha ouvido falar, diz-me a minha experiência de vida que não estou interessado em experimentar. Mas devemos respeitar as opções dos outros.
      Abc

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    2. Opções... Rss... Se o amor fosse opção...

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    3. Não estou em condições de "discutir" poliamor contigo, porque nada sei sobre a assunto, mas sei o que quero, e o que quero é um amor a dois, sendo que é indiscutivelmente uma opção.
      Abraço

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  7. Adorei o post! ^^
    Concordo com o que foi dito, por vezes ao escrevermos corremos o risco de, se não colocarmos algum smile, passar uma ideia errada...o mesmo quando falamos ao telemóvel, caso o interlocutor não consiga ver a nossa expressão.

    Abraço :3

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    1. A teoria de Albert Mehrabian é sobre isso mesmo, por isso é que há determinadas conversas que não devemos ter por tlm e muito menos por escrito. Mas continuamos a cometer esses erros...
      Abc

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  8. Adorei esta tua reflexão. Quanto à mais pequena declaração de amor do mundo, nunca tinha visto a coisa dessa maneira. Para mim era apenas um coração feito com caracteres, aplicável às mais diversas situações. Sou mesmo básico lololol XD
    Abraço e boa semana.

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    1. Nem sei se essa leitura do <3 é apenas minha, porque não a li ou ouvi em qualquer lado, mas gostei da ideia :)
      Abc

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  9. Gostei muito do teu texto, acho-o muito actual.
    Mas, apesar disso, na questão da comunicação escrita, sou muito conservador e não uso habitualmente smiles ou outras "abreviaturas".
    Nunca usei um "lol", e penso que nunca usarei, apenas porque não se coaduna comigo e prefiro um mais rústico "hehehe"...
    Agora aqueles sms e aquelas trocas de mails que mal usam o português, isso nunca.

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    1. As sms, pela sua natureza levaram à utilização de abreviaturas e de smiles. Hoje com mensagens na generalidade gratuitas as abreviaturas quase não são usadas e não fazem sentido, contudo os smiles permanecem por serem precisos como complementa da comunicação. Certamente já existirão teorias sobre esta matéria.
      Quanto ao português mal escrito, de facto ele é praticado por alguns mas não é a generalidade.
      Abraço

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  10. Gostei da teoria LOL E concordo com ela, porque já tive muitos conflitos por causa de coisas que escrevi/recebi e li, porque faltava a componente não verbal. A maneira como lemos faz toda a diferença, porque na mais inocente brincadeira podemos entender uma cobrança, uma discussão, uma qualquer parvoíce que não era intenção de que escreveu. Há que relativizar o que se lê, de forma a não criar problemas onde eles não existem.

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    1. As conversas sérias por sms acabam sempre mal.
      Abc

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