2015/01/22

The Man From Earth.
"E se um homem do Alto Paleolítico tivesse vivido até os dias de hoje?" 
Este é o mote deste filme de 2007 - nada comercial - que ganhou diversos prémios em festivais nas Américas, e que nos conta a história de John Oldman, um homem que vive na terra há 14 000 anos (qualquer coisa como 5 milhões de dias) e que, não sendo super-herói, aproveita o seu tempo para adquirir conhecimento. Não é a primeira história de imortais, e esta até não tem grandes cenários, passando-se quase toda numa sala de estar, entre conversas de amigos, todos professores universitários.  É um filme refletivo e de debate, e o argumentista - Jerome Bixby - demorou quase 40 anos a escrever a história. Adoro este filme.
Filme completo e legendado AQUI

2015/01/21

Ouvi dizer que "os sítios escolhem-nos".
Lugares, ao som de Fim do dia (Mafalda Veiga).

2015/01/19

Gémeos gays é uma coisa que tem a sua graça; se forem giros, mais engraçado se torna; e se eles usarem o seu canal de youtube para publicarem o vídeo do telefonema que fizeram para o pai para lhe contar que são gays...

Entre muito choro e com muitos rodeios, foi o que os gémeos norte americanos Aaron e Austin Rhodes fizeram há alguns dias atrás. Afinal não é todos os dias que um pai recebe um telefone dos filhos gémeos e ouve dizer: pai, sou gay e o Austin também. E confesso, também fiquei de lágrima no canto do olho.

Se o Canal The Rhodes Bros antes era capaz de não ter grande interesse (mais um entre tantos canais de adolescentes que por aí haverão), julgo que de agora em diante  algumas das suas publicações poderão ser deveras interessantes.

VÉRITÉ
Descobri esta cantora e compositora de Brooklyn num site de música Indie que frequento, mas é bem provável que também ande aí pelas rádios "comerciais".
O primeiro single - Strange Enough - foi considerado por algumas revistas como uma das melhores música de 2014, mas o single Weekend (que também ganhou esse estatuto, pelo menos no Spotify), é daquelas coisas pop que se "colam" e que não deixamos de ouvir.
O EP de estreia dá-se pelo nome de Echos.

Boa música e boa semana :)

2015/01/18

"Dar para os dois lados."
Expressão (que podia ser) bi.
Quantos dias já viveste?
A propósito do último post, sobre os meus 15 mil dias na Terra, encontrei este site, onde podemos saber de forma rápida há quantos dias já estamos na Terra, e quando são as próximas datas a comemorar :)
Os dias, ao som de Somedays (Regina Spector).

2015/01/17

Há cerca de 20 anos não sabia quem era Nick Cave, e já ele tinha uma longa carreira de outras tantas 2 décadas. Por essa altura, um professor de faculdade, melómano na horas vagas, levava discos para as aulas (ainda na era do vinil), com o aparente propósito de nos mostrar as suas capas. Eram as suas relíquias, muitas delas importadas e edições limitadas, de tempos nos quais a música não era tão democrática como hoje. Foi assim que ouvi falar de Nick Cave e que comecei a ouvir música para além do que então passava nas rádios comerciais. Aquele homem - o professor - acabou por  marcar de forma indelével a minha formação profissional e pessoal. Estávamos em 1994, eu ainda procurava a minha identidade cultural, e ainda fui a tempo de ouvir a rádio de "uma imensa minoria". Desde então fui encontrando o meu caminho, sem seguir grandes "rebanhos", e sem nunca deixar de acompanhar o tal cantor australiano e os seus The Bad Seeds.

Há umas semanas, olhava os cartazes de cinema no Monumental, quando reparei nuns tais 20 000 dias na Terra... de Nick Cave, mas não foi só por causa dele. Por momentos recuei "um pouco" no tempo e lembrei-me de quando também celebrei os meus 10 000 dias na Terra. Família e amigos riem-se quando falo destas coisas, mas acham sempre graça a este meu fascínio por aparentes minudências.


A meio desta semana fui sozinho ao cinema ver o filme de Nick Cave. O "campo" tem destes encantos, onde ainda podemos ver um filme documentário e pouco comercial, num pequeno auditório, com uma dezenas de pessoas e um cicerone que nos apresenta o filme.
Ainda longe dos números do protagonista, também celebro este anos os meus 15 000 dias na Terra, e será para fazê-lo com a pompa que a circunstância merece, porque, como ouvi a Nick Cave, se "os nossos dias estão contados, não nos podemos dar ao luxo de os viver à toa".
Os meus dias na Terra , ao som de Wonderful live (Nick Cave).

2015/01/13

Acho que é melhor correr.
Mesmo não sendo objetivo imprescindível para este ano, já me inscrevi, em novembro, na 25.º Meia Maratona de Lisboa, que acontecerá em março. O facto de ter que me preparar para correr mais de 21 km, é motivador bastante para sair de casa a correr nestes dias gelados.
Um dos treinos da semana passada (quinta), foi num dia geladíssimo, às 7h30 da manhã. Foram 8 km sofridos a ver gelo por todo o lado, de gorro e com as mãos dentro das mangas da camisola. Compensou quando cheguei a casa, já quente, e tomei um banho mais quente ainda, seguido do pequeno-almoço, para às 9h já estar no trabalho.
Pausei uns dias e domingo voltei a correr, desta feita com o meu colega de Meia Maratona. Às 11h30 começávamos a correr no Cais do Sodré, e pouco mais de 1 hora depois estávamos de volta, depois de termos "dado a volta ao mundo" na frente do Padrão dos Descobrimentos. Estava uma manhã fria, mas soalheira, e foram 12 km que me souberam muito bem. No final sentia-me em condições físicas de fazer mais alguns kms, quiçá até aos 21.
Talvez daqui a pouco mais de um mês estejamos a correr os míticos 20km de Cascais, numa espécie de treino para o desafio de março.
Hoje à noite há mais.
We'll run for our lives, ao som de Run (Snow Patrol).
HOLLOW  WOOD
Esta banda Indie Folk de Idaho foi uma das minha descobertas do final do ano passado, e já me tornei seguidor.
Oh My God, é o novo single do novo Wallflower EP.


Deixo-vos ainda com o vídeo na "festiva" versão studio session da música com que os descobri, e que é verdadeiramente contagiante, fazendo lembrar o "épico" Elephant Gun, dos Beirut.
De audição/visualização recomendável.
Podem fazer o download do anterior Seasons EP.


Boa música e boa semana :)

2015/01/11

"Gosto é igual a cu, cada um tem o seu."
Expressão brasileira (que podia ser) gay.

2015/01/10

Eles (os armários) andem aí...



Roubado daqui.

2015/01/06

Ouvi dizer que: "o que mais custa é não haver um momento de despedida...".
Roubado de Life of Pi, ao som de Goodbye (Depeche Mode).

2015/01/05

LAURA MARLING
Foi anunciado para março o lançamento do 5.º álbum da cantora britânica (algo notável aos 24 anos), e já se conhece o vídeo da faixa título Short Movie.
Julgo que não me apaixonava por um vídeo e respetiva música, à primeira vista, desde Somebody That I used to know.

Boa música e boa semana :)

2015/01/04

"Quem vai para a cama sem ceia, toda a noite rabeia."
Dito (que podia ser) gay.

2015/01/02

Uma das minhas experiências mais interessantes de 2014 foi a iniciação ao Couchsurfing.
Depois de uma roadtrip de verão - e em parte devido aos incentivos dos Dois Coelhos - percebi que seria enriquecedor se, em viagem, fosse conhecendo pessoas que me mostrassem as suas cidades.
Posto isto, decidi iniciar a minha atividade como couchsurfer (começando pelo princípio, o couch), disponibilizando o meu sofá a viajantes. Feito o registo, comecei a receber pedidos, e - com todas as cautelas que estas experiências requerem - nos meses que se seguiram hospedei 1 italiano, 1 espanhol, 2 belgas e 3 franceses. Como a minha casa é muito pequena, estabeleci que só hospedaria uma pessoa de cada vez, apenas rapazes e, preferencialmente, só por 1 ou 2 noites, pelo que tive que declinar mais de 90% dos pedidos recebidos. Mas como não há regra sem exceção, acabei por receber 1 espanhol durante 3 noites e 2 franceses de uma só vez (e um deles era tão giro, que fiquei sem saber o nome do outro). Sim, porque nestas coisas também se pode lavar as vistas (e tanto que haveria por contar de um belga escultural que, durante 2 dias, se passeou lá por casa em tronco nu).
A experiência foi fantástica, acima de tudo pelas pessoas que conheci e pelas histórias das viagens de cada um. Com aqueles que ficaram por mais do que 1 noite, foi possível ter uma cumplicidade maior e conversas deveras interessantes. A língua nunca foi barreira, até porque alguns falavam português razoalmente bem ou vinham com vontade de aprender (dizem que o português está na moda), e para os restantes bastava o inglês.
Mas se procuramos uma experiência verdadeiramente enriquecedora, temos que receber apaixonadamente: acolher de braços abertos, fazer de cicerone pela cidade, convidar para jantar, sair para beber um copo... E geralmente são pessoas que estão em modo roadtrip mas que vêm à descoberta, pelo que acolhem muito bem todas as nossas sugestões e mudam as suas rotas de viagem para segui-las.
Apesar de cozinhar não ser a minha vocação, há 2 ou 3 coisas simples que fazem um brilharete quando convido amigos, e mais ainda para quem gosta de experimentar pratos regionais, e é raro aquele que não tire a foto da praxe, para o facebook ou para mais tarde recordar :) Aqueles que ficaram por mais do que uma noite também retribuiram cozinhando, e todos me presentearam com algo: o mesmo belga que se passeava em tronco nu fez um delicioso prato vegetariano; o espanhol fez tapas; o italiano trouxe-me pastéis de Salamanca; uns franceses e um belga ofereceram-me cerveja (francesa e belga, naturalmente); um outro fracês trouxe-me uma garrafa de licor para o jantar :)
Acabei por descobri uma mão cheia de europeus, que são uma espécie de "coelhos" que já viajaram por meio mundo; gente que perdeu a conta ao n.º de países que conhece e que não concebem a ideia de viajar sem ter esta experiência verdadeiramente fascinante. Grande parte das conversas que tive com cada um deles foi sobre Portugal (as minhas sugestões para as suas viagens que continuavam) e sobre os locais que eles já tinham visitado. A par disso vi muitas fotos das suas viagens, no meio de muitas outras partilhas culturais.
Para este novo ano, desejando continuar a receber pessoas da forma seletiva que já aconteceu, espero iniciar a segunda parte do plano: o surfing.
Talvez seja esta uma nova forma de conhecer o Mundo e quem o habita.
Admirável Mundo novo, ao som de This World (Selah Sue)