2012/08/08

Disseram-me que, depois de uma relação acabar aquelas duas pessoas não voltariam a ter uma grande proximidade; que até seria normal que voltassem a falar, mas apenas na perspectiva de “saber da pessoa”.
"Saber da pessoa" começa por ser uma expressão que me soa estranha. Pessoalmente não vejo qual o interesse de “saber de alguém”, se o ponto de partida for sempre e apenas esse, e em particular se com essa alguém existiu uma grande proximidade que por alguma razão se viu gorada.
Quando conheço alguém também não faço nenhuma espécie de triagem de Manchester, catalogando os novos conhecidos entre pessoas com quem pretendo ter um relacionamento próximo e pessoas das quais apenas vou querer “saber da pessoa”. Da mesma forma, quando me reaproximo de alguém, ou deixo que se tentem reaproximar de mim, faço-o de forma consciente e de coração aberto.
Perante isto, ando com a sensação que vejo o “mundo” de forma diferente de muitas pessoas à minha volta, e fico na dúvida se estou a olhar ou a ver, mas o mundo continua a parecer-me a atirar para o redondo.
Às avessas, ao som de O mundo ao contrário (Xutos e pontapés).

12 comentários:

  1. Pertinente este teu post e muito se poderia dizer sobre este tema. Eu nunca consegui (nem sei se realmente quis fazer esse esforço) ficar amigo dos meus ex-namorados, em parte porque as coisas para acabarem é porque algo de mau aconteceu que quebrou esse elo. Mas sou assim não porque lhes queira mal (pelo contrário, desejo-lhes a maior das felicidades), mas porque o sofrimento em mim funciona como um propulsor que me afasta deles definitivamente. Ter um ex-namorado que me viesse fazer confidências sobre as suas relações, por exemplo, é impensável. Por isso, e não é que me orgulhe disso, mas sou dos que 'não quer saber da pessoa'.

    Abraço.

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  2. @Arrakis
    Tal como tu, tb sou dos que prefere "não saber das pessoas", mas quando quero saber sou incapaz de ser superficial e funciono em modo de "coração aberto".
    Talvez não devesse ser assim, mas sou.
    Abc.

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  3. Percebo-te e se o queres é porque o teu coração to diz . E só em 'modo coração aberto' se pode fazer isso.

    PS. 'Em modo de coração aberto' era um bom tema para o próximo Pixel :)

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  4. O meu namorado permaneceu amigo de um ex-namorado, após 3 anos de namoro com ele. São muito próximos e confidentes, e o ex-namorado é visita regular cá da casa, e é como se fizesse parte da família. Dorme cá e é super respeitador. Somos todos crescidinhos. No início, por imaturidade minha, sentia imensos ciúmes da relação de amizade deles, e tinha a mesma visão que vocês. Depois de conhecer o ex dele e de os conhecer juntos, todo o ciúme desapareceu. Terminaram porque deixou de haver sentimento mas, como eram amigos, não faria sentido deixarem de o ser. Na mesma lógica, se um dia eu terminar a minha relação com o meu namorado, com quem partilho a vida também há 3 anos, duvido que fiquemos amigos confidentes como ele e o ex, porque não somos, mas tenho a certeza que vou querer saber se está tudo bem com ele de vez em quando. As coisas não são tão preto no branco.

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  5. @Alex
    A prova que não tudo preto no branco é que já temos aqui 3 cenários diferentes. Mas julgo que tudo depende nas forma como as relações acabam e eu tvz tenha tido o azar de as minha terem acabado com uma enorme falta de respeito do lado de lá. E garanto-te que não é fácil tentar falar novamente com uma pessoas dessas.

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  6. Sou amigo de todos os meus ex-namorados. Acredito que depois de um tempo de seis meses ou mais. Não guardo rancor por norma se as coisas "acabaram" de forma civilizada :)

    Como diz o Arrakis "Este tema dá pano para mangas e com muitas virgulas e pontos" :)

    Abraço

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  7. São situações muito particulares, tudo é possível eu diria.

    Mas eu também tenho sempre a sensação de estar na contra mão de todas as pessoas.

    Abração!

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  8. @Francisco
    Casa caso será um caso, por isso as palavras do arrakis são mesmo certeiras e assertivas.

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  9. Gostava de poder "desopilar" umas belas palavras, com metáforas e comparações de tirar o fôlego pelo meio, mas a minha experiência nesse campo é tão boa como a de um burro a olhar para o palácio...ou seja nada!
    Resta-me dizer-te que cada um vê a vida sobre o prisma que mais lhe convêm, o que resulta sempre em pensamentos e opiniões distintas. Vives no teu mundo visto com os TEUS olhos. Não é um mundo melhor ou pior que outro indivíduo qualquer.

    :)

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  10. @Anónimo, o selvagem
    Mais do que o modo como o vemos será o modo como o sentimos que faz a diferença. Digo eu em jeito de boi a olhar para o mesmo palácio ;)

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