2013/08/30

Nome de casada/o.
Apanhei uma conversa entre várias amigas minhas, em que elas falavam de ex-namorados e dos possíveis nomes de casadas com que teriam ficado. Fiquei então a sabe que era comum entre elas (não sei se será transversal a todas as raparigas), durante a adolescência, fazerem esse "exercício" sempre que andavam interessadas num rapaz.
Estava eu convencido que isto já não se usava, mas descobri que também os rapazes (gays, naturalmente) têm o hábito de, durante o namoro, fazer essa simulação de troca de nomes. E agora que é possível o casamento, parece que a troca até é habitual.
Mudam-se os tempos...
Nomes de casada/o, ao som de Wedding day (Rosie Thomas).

23 comentários:

  1. No caso dos gays, quem fica com o nome de quem?

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    1. Boa pergunta! :o

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    2. Simplesmente trocam de nomes :-)

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    3. A mãe adquiriu o último nome do primeiro marido. Casou já por três vezes, contudo, apenas o fez com o primeiro ('perdeu-o' com o divórcio' - é possível manter).

      Respondendo à pergunta da Kyuhamasihara e à dúvida do João, desculpem a intromissão, mas como ando em Direito (com especial gosto pelo Direito da Família): o art. 1677º do Código Civil, no seu nº 1, enuncia que qualquer um dos cônjuges pode acrescentar até dois apelidos do outro, valendo tanto para o homem quanto para a mulher. Apesar de, na tradição portuguesa, a mulher 'ficar' com o apelido do marido, o inverso é possível no direito civil. Nos casamentos entre pessoas do mesmo sexo é absolutamente igual, uma vez que não há qualquer diferença. É bom que se saiba que não há um 'casamento gay'. O que se fez foi suprimir da lei civil todos os entraves à celebração do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Funciona tudo nos mesmos moldes. :)

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    4. Já agora acrescentaria uma curiosidade que soube por estes dias (e tu confirmarás se souberes :).
      Uma vez que o casamento permite fazer a mudança do nosso nome sem qualquer custo adicional, algumas pessoas aproveitam para mudar/suprimir algum nome ou sobrenome de que não gostam.
      Imagino que no divórcio isso também será possível.
      Abc

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    5. Não fazia a menor ideia disso. Pensava que, estando o nome inscrito no registo, só em caso de correcção de erros é que os apelidos podiam sofrer alterações. Quanto ao nome próprio, sei que pode ser alterado em circunstâncias muito, mas muito especiais (é um processo moroso). Em relação aos apelidos, estando estabelecida a filiação, seriam perpétuos. Se o dizes, acredito. :)

      abraço. :)

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    6. Disseram-me que era possível essa alteração durante um registo de casamento, contudo não sei se está expresso na lei ou se este entendimento varia consoante o Conservador.
      mas tenho pena de o saber só agora :-)
      Abraço

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    7. Sim, eu sabia que o homem também poderia adotar o sobrenome da esposa. Mas é mais que sabido que a maioria não o faz por questões de virilidade. Boys... Enfim... Então trocam de sobrenomes, é? Interessante e divertido. :)

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    8. É um símbolo, como a troca de alianças.
      Durante a vida o nosso "nome" vai mudando, na correspondência passamos a ver o nosso nome precedido de títulos profissionais, hierárquicos... por isso a troca de nomes não será assim tão despropositada :)

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  2. Acho isso um disparate, principalmente entre os gays...

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    1. Eu não diria que é um disparate, nem entre homem/mulher nem entre homem/homem. Como referiu o Mark, é uma tradição portuguesa e está prevista na lei. É uma opção.
      Deve ser visto como um ato simbólico e que muita gente ainda encara com naturalidade.
      Abraço.

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  3. Acho piada, é verdade quando a coisa corre para o torto lolololololol

    Mas, creio que quando amamos alguém de verdade, "adoptar" o apelido é como querer perpetuar esse amor...

    Gosto da ideia e acho que quando fazemos parte de um :D

    vou mas é dormir, que já é devido ao adiantado da hora lololol

    Abraço

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    1. Não era só da hora certamente, porque o pensamento parece-me normal :)
      Eu já casei e nenhum adoptou o nome do outro, mas se os gays lutaram pelo direito ao casamento parece-me natural que muitos encarem esta situação com naturalidade.
      Quando corre para o trorto... tira-se a aliança do dedo e o apelido de casado XD
      Abraço

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  4. a minha opinião é a mesma de há anos. o meu nome é só meu, não há cá apêndices, por muito que ame uma pessoa.
    por isso, é tudo relativo.
    bom sábado.
    bjs.

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    1. Eu penso da mesma forma, mas a visão algo romântica do francisco ainda é partilhado por muitos/as.
      Bjs e bom sábado

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  5. Por acaso é assunto que pensava estar "esquecido", isto é, vejo cada vez mais os casais menos preocupados com isso, alegando que cada um tem o seu nome e ponto. E eu concordo!

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    1. Eu tb concordo. Já me casei e a questão não se colocou. Mas ainda vivemos num país tradicionalista, é preciso não esquecer.
      Abc

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  6. Também não vou nessa de troca de nomes, que me soa a perda de autonomia e dependência (sobretudo nos casais hetero, por parte das mulheres).
    A respeito de mim, como gay, o que por brincadeira faço é, quando conheço um boy interessante, dizer para mim mesmo os nossos dois nomes proprios a ver se ficam/soam bem num convite de casamento. É a coisa mais gay, eu sei. Mas há pessoas com quem eu ficaria lindamente num convite de casamento!

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    1. lol
      Repito, é uma questão de tradição, e neste momentos existem casais que optam por fazer uma adopção mutua.

      Eu fiz, muito antes de ser pai, foi o exercício de escolha dos sobrenomes dos meus filhos e olha que foi um exercício bem mais difícil do que julgava.
      A tradição já não é o que era :-)

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  7. Lol lembro-me de quando era mais novo as minhas amigas fazerem esse jogo, hoje em dia como grande parte já está "junta" já não falamos sobre isso.

    Eu gostaria de poder adoptar um dos nomes do meu futuro (se vier a casar sequer), mas nunca perderia o meu último apelido. É para mim importante manter a ordem dos nomes, mas não é impedimento de receber o nome de quem amamos ;)
    Opiniões são opiniões ;) (cada um com a sua)

    Abraço

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    1. Tens que indagar se elas ainda pensam da mesma forma e como é que ficaria a conjugação dos nomes :-)

      Eu não penso casar de novo, por isso a questão nem se coloca.
      Não uso o meu último sobrenome, e isto torna-se um problema por coisas tão simples como ir aos correios levantar uma encomenda.
      Por isto, até já pensei alterar a ordem dos meus nomes, o que nem era tão absurdo assim porque uso o sobrenome da minha mãe, que era da minha avó, que era da minha bisavó, e que eu passei à minha filha :-)
      Já quebrámos as regras todas, portanto já pouco me importa a ordem dos nomes :-)

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  8. Olha que interessante.. coincidentemente o meu namorado atual estava fazendo este exercício a semana passada! rsrsr

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