2011/11/07



História #09
Autor: Speedy (Hammering in my shell)

ELES

Tudo em mim anseia pelo mesmo que ele: o nosso momento aproxima-se. Já não me importo com o que os outros pensam. Só me preocupo com ele porque mais ninguém me virá procurar. Não depois do que disse. Não depois do que fiz.
Escolhi o momento, usei as palavras certas - embora tímidas - e não deixei espaço para equívocos. Enchi o silêncio de certezas e eles responderam-me com raiva e confusão. Feridos, não entendiam porque eu sorria. Pela primeira vez, eu revelava-me vulnerável mas estava de cabeça erguida. Eu queria-os na minha vida mas já não precisava deles. Tentaram-me quebrar mas já não necessitava do seu amor, da sua compreensão, das suas orações pela minha pobre alma destinada a arder. Tudo o que precisava era que olhassem nos meus olhos e que conhecessem finalmente o meu verdadeiro Eu. Sem ilusões e falsos artifícios. Era eu que estava à frente deles. Despido de mentiras.
Ainda assim, preferiram fitar o chão.
Sei que eles eram o suficientemente fortes para me abraçarem.
Faltou-lhes coragem.

8 comentários:

  1. Coragem tiveste tu; assim fossem todos...

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  2. mehhh, há histórias melhores

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  3. Não pode faltar coragem para dar um abraço quando ele é mesmo preciso.

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  4. Gostei muito, descrição perfeita, ideias em frase claras, concisas. Está tudo! Sem mais, BRAVO.

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  5. Francisco - Deus olimpo08/11/11, 02:05

    Há certos momentos em que nos faz mesmo falta aquele ABRAÇO

    Abraço

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  6. Tartaruguinha, tartaruguinha...pequenos gestos, marcam grandes momentos. Tu és mais Tu, quanto mais despojado dos outros conseguires viver!
    És grande!

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  7. O texto pareceu-me bastante subjectivo, mas é mesma característica que mais o destaca. A cosntrução frásica também está muito boa.

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  8. Aceitam-se abraços grátis! Mas onde estão!?

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