Autor: Lenin Foxx (estórias do mundo)
- Oi.
- Oi?
- Sabe quem 'tá falando?
- Não, desculpa - pausa olhando o número no celular - Não, não sei quem é.
- Sou eu. Cheguei finalmente.
Coração acelerado.
- Não acredito.
- Pois acredite sim. Eu estou aqui. Vem me ver?
- Claro. Onde? Vamos ver um filme?
- Ah, não queria ficar numa sala escura com você.
- Pois tudo o que quero é ficar no escurinho com você.
- Safado!
Risos, em ambos os lados da linha.
- Um cineminha e comer algo depois, que tal?
Segundos pensando.
- 'Tá!
Alívio.
- Que horas?
Pausa olhando as horas no celular. Calculo rápido de quanto tempo gasto no ônibus. Queria ir em casa tomar um banho, mas não agüento esperar mais por este encontro.
- Daqui a uma hora? Cinema e comida tailandesa?
- Tailandesa?! Não sabia que você gostava.
- Adoro!
- 'Tá, te encontro lá.
Uma hora de agonia. Uma hora de vontade de ver o tempo voar e ele se arrasta. E esse ônibus que não se mexe. Peguei o primeiro que passou, mas outros três que também passavam lá já nos ultrapassaram. Cheguei. Entrei no shopping. O celular toca. Cadê? Cadê?
- Oi, já cheguei. Você 'tá onde?
- Perto dos banheiros do térreo.
- 'Tô indo aí.
Não espero a escada rolante. Passos apressados. Cheguei.
- Oi.
- Oi.
Ele sorriu então e me puxou para um abraço.
- Oi?
- Sabe quem 'tá falando?
- Não, desculpa - pausa olhando o número no celular - Não, não sei quem é.
- Sou eu. Cheguei finalmente.
Coração acelerado.
- Não acredito.
- Pois acredite sim. Eu estou aqui. Vem me ver?
- Claro. Onde? Vamos ver um filme?
- Ah, não queria ficar numa sala escura com você.
- Pois tudo o que quero é ficar no escurinho com você.
- Safado!
Risos, em ambos os lados da linha.
- Um cineminha e comer algo depois, que tal?
Segundos pensando.
- 'Tá!
Alívio.
- Que horas?
Pausa olhando as horas no celular. Calculo rápido de quanto tempo gasto no ônibus. Queria ir em casa tomar um banho, mas não agüento esperar mais por este encontro.
- Daqui a uma hora? Cinema e comida tailandesa?
- Tailandesa?! Não sabia que você gostava.
- Adoro!
- 'Tá, te encontro lá.
Uma hora de agonia. Uma hora de vontade de ver o tempo voar e ele se arrasta. E esse ônibus que não se mexe. Peguei o primeiro que passou, mas outros três que também passavam lá já nos ultrapassaram. Cheguei. Entrei no shopping. O celular toca. Cadê? Cadê?
- Oi, já cheguei. Você 'tá onde?
- Perto dos banheiros do térreo.
- 'Tô indo aí.
Não espero a escada rolante. Passos apressados. Cheguei.
- Oi.
- Oi.
Ele sorriu então e me puxou para um abraço.
Mais um primeiro abraço...
ResponderEliminarOutro Abraço
ResponderEliminarOs primeiros abraços tornam-se muitas vezes aquele abraço.
ResponderEliminarNão sei porque, mas abraço lembra um pouco adolescência. E primeiro abraço, então... dá pra ouvir os tais sininhos que, com o tempo, somem de vez.
ResponderEliminarBeijos.
Mandou bem rapaz... boa sorte! Abraços
ResponderEliminarque bom que gostaram.
ResponderEliminargostei, também (são todas lindas).
ResponderEliminarEstá muito boa!
ResponderEliminarAbraço é sempre abraço! ^w^
Comida tailandesa, com boa companhia... e um abraço como aperitivo e como sobremesa no final... há coisas fantásticas =P
ResponderEliminarPara conter um coração acelerado só AQUELE ABRAÇO.
ResponderEliminarVim ler cada uma das histórias. Sendo histórias diferentes, todas me deram oportunidade de pensar e, por razões diferentes de todas gostei.
ResponderEliminarAqui fica o meu abraço.