Depois do concerto em Maio, no Santiago Alquimista, este era um dos álbuns por que mais aguardava este ano. E é mais de Josh Rouse, na sua fase "valênciana"... e no seu melhor.

O autor de Sad eyes voltou com Josh Rouse & The Long Vacations, e "Oh, look what the sun did!" é o primeiro single. 

É um dos meus compositores de eleição, e para quem não conheça, aqui está uma excelente forma de começar.

Oh, look what the sun did! |Josh Rouse | Joshe Rouse & The long vacations, 2011

Participar num jantar só com mulheres é passar uma noite de absolute nonsense. Esta semana fui jantar com duas colegas a um bar-restaurante novo na cidade, e depois de um jarro de sangria elas já não mediam tudo o que diziam. E como são mulheres do século XXI, as conversas vão sempre dar ao mesmo:  sexo (ou falta dele) e a obsessão pelos gays. E assim foi a noite toda: falaram do colega X que elas sempre acharam que era gay, até ele casar com outra colega; comentaram acerca das depilações integrais que a colega Y faz e sobre o horror que seria se o namorado gordinho fizesse o mesmo; exaltaram as "taras" de algumas colegas por homens com cadeirinhas de bebé no carro; enfim, lamentaram-se por não terem homem há muito, muito tempo... porque, afinal, é esse o maior, ou único, problema.

Ao que um gajo do século XXI está sujeito.

Mulheres, ao som de Woman (John Lennon).

Declaração de amor, em neon, ao som de How can I say I love you (Girls).

Pequenos prazeres:
Ouvir a Radar, durante o pequeno-almoço, no Alentejo.
Pequenos prazeres, ao som de On the Radio (Regina Spektor).

O amor é estúpido e louco.
No cinema e na vida real, ao som de Love (Joss Stone).

"São muitos anos a virar frangos."

Ditos (que podiam ser) gays.

Li algures que o novo álbum dos Girls é o maior tratado sentimental de 2011. E talvez seja. Eu acabei de ouvi-lo e fiquei rendido. Honey Bunny é o segundo video oficial do álbum, depois de Vomit.

A banda Indie Rock, dos dois rapazes que se conheceram em San Francisco, ficou com o rótulo de banda gay e tornou-se conhecida com o polémico Lust for life, onde um rapaz canta que "queria ter um namorado" e o vídeo tem cenas entre dois rapazes, que causaram algum incómodo (tudo a ajudar).
Recomendo a escuta integral de Father, Son, Holi Ghost.

Honey Bunny | Girls | Father, son, holy ghost, 2011

Na minha casa, na tua ou na dele/a?
Conversa de menáge, ao som de Lust for life (Girls).

Já se fazem poucos mecânicos como antigamente e não sei se ainda existem oficinas daquelas com calendário nas paredes. O meu mecânico em Lisboa, que me trata dos carros há uns anos, tem corpo de gajo de ginásio, usa cabelo rapado e t-shirt Armani justa, e tem uns belos olho azuis... 

O gajo que me costuma atender na oficina dos pneus, no Alentejo, com ar de filho do patrão, usa cabelo penteadinho, camisinha justa a mostrar as formas do corpo, calças justas a realçar o rabo (e não só) e barba mal semeada, e dirige-se aos clientes com sorrisos e inhos: "vamos mudar os pneuzinhos" ou "vem buscar o carrinho".

Ou as aparências iludem, ou estes mecânicos andam cada vez mais gays...

Oficinas e mecânicos, ao som de I love my car (Belle & Sebastian).

T-shirts para bons amigos, ao som de Misread (Kings of convenience).

"Se não é do cu, é das calças."

Ditos (que podiam ser) gays.

Tiger é a primeira faixa do recém editado álbum do Stephen Malkmus (ex-vocalista dos Pavement). O álbum foi produzido por Beck e li algures que esta será, provavelmente, a melhor parceria do ano. Sou suspeito porque sou fã de longa data de Beck e de Pavement, por isto, Mirror Traffic vai estar em escuta.

E porque fiquei dividido, para segundas opiniões, deixo também em escuta "No one is (as i are be)".

Tiguer | Stephen Malkmus & The Jicks | Mirror Traffic, 2011

A suposta "notícia" já circula pela net há uns anos e terá pouco de verdade, mas dá para umas gargalhadas.  

Em tempos conheci uma pessoa que "coleccionava" nomes estranhos, e que já tinha uma longa lista, curiosamente, encabeçada pelo seu próprio nome. A graça de alguns, acaba por ter graça.

As graças de alguns, ao som de My name ir trouble (Keren Ann).

As palavras sábias do homem que queria qualquer coisa entre Nova York e a Sé de Braga, dizem-nos para mudarmos de vida se não estamos satisfeito. Nos últimos anos a minha vida tem obedecido a ciclos de mudança no fim de cada Verão. Umas porque a vida o tem proporcionado. Outras porque tive coragem para isso. Fins de relações, alterações de emprego, mudanças de casa, rumo a outra cidade... Têm acontecido, à vez ou em catadupa. Este Verão, depois das férias, fiquei desalentado por ainda não ter conseguido algumas das mudanças por que muito anseio, e por não poder fazer um balanço nada positivo deste ciclo de verão-a-verão que agora acaba. E nestes momentos sinto que, afinal, não tenho nada. Mas basta, mais uma vez, olhar para as palavras assertivas da canção que nos lembra que não podemos viver contrafeitos, porque há vida em nós a latejar.

Insatisfação, ao som de I have nothing (Noah and the Whale).

Como dizia o pasteleiro José Severino, "quer-se dizer, eu é mais bolos", mas, na vida, é como na gastronomia e nas nacionalidades: uns preferem comer russos; outros preferem francesinhas.

Entre russos e francesinhas, ao som de Dancemos no Mundo (Sérgio Godinho).

"Quem cochicha, o rabo espicha.

Quem reclama, o rabo inflama.

Quem escuta, o rabo encurta.

Quem se importa, o rabo entorta."

Ditos (que podiam ser) gays.

The whole love, o novo álbum dos Wilco, será oficialmente lançado no final deste mês, e já esteve em escuta, em streaming, no passado fim-de-semana.

O primeiro single chama-se "Born alone", e é para ouvir em repeat :-) 

É a sugestão da semana.

Born alone | Wilco | The whole love, 2011.

"Tudo o que fazemos na vida é à espera de um prémio de consolação."
Palavras de David Santos, homem dos 7 instrumentos dos Noiserv , ao som de Consolation prize (Noiserv).

As outras pessoas, na nossa vida, são com a tabela periódica: ainda não sabemos qual é o elemento, mas o lugar dele está lá em branco.
Os elementos em branco, ao som de Optimista céptico (Jorge Palma).

Tenho um casal de amigos, de há quase 20 anos, e que são um dos muitos casais que conheço em que elas não sabem estrelar um ovo, enquanto eles são cozinheiros de mão cheia. Quando o conheci ele era um garotinho muito giro, com 18 anos, loirinho, de olhos azuis e barba mal semeada, mas já lá vai esse tempo...

Ontem fui jantar a casa deles e, como é hábito, foi ele quem cozinhou. E já há quase uma semana que ele me andava a contar entusiasmado que tinha comprado um peixe xpto para este jantar...

Apareci à hora marcada mas, como ele se tinha atrasado, o compasso de espera foi a fazer-lhe companhia na cozinha. E deliciei-me enquanto o vi cozinhar, não só porque ele faz aquilo com muita paixão e entusiasmo - e me ia contando tudo o que já tinha feito ao peixe - mas porque ele estava com um daqueles aventais da Ale-Hop de homens em tronco nu que lhe dava um aspecto deveras mais agradável...

Homens de avental, ao som de A very good impression of my self (Ed harcourt).

Por estes dias, um personagem de uma novela da TVI, que, segundo percebi, fingia ser... o que era, terminou a sua participação constatando que "a heterossexualidade é um desperdício de recursos."
Ser ou não ser, ao som de Pode alguém ser quem não é? (Sérgio Godinho e Teresa Salgueiro).

"Quem vai à guerra, dá e leva."
Ditos (que podiam ser) gays.
Recuperando um hábito de outra vida bloguista, retomo a minha colecção de ditos (que podiam ser) gays.

Jared Leto, na versão de "rapaz dos perfumes", para o Just different, da Hugo. Um rapaz mais... vestido, para ser diferente.