"Primeiro estranha-se, depois entranha-se."
Expressão (que podia ser) gay.

O Hórus atribuiu-me um dos seus Liebster Award, pelo que aqui estou a dar as minhas respostas :-)
Parece que fui dos últimos a postar, mas descobri 11 que não o fizeram e enviei convite, mas desafio todos os que por aqui passam e que ainda não tenham respondido.

1 – Qual a tua cor favorita?
Azul (talvez porque quase todas as mulheres da minha vida têm olhos azuis)

2 – Qual a tua viagem de sonho?
Nova Zelândia (Fascina-me saber que é o outro lado do Mundo)

3 – Partilha algo engraçado sobre ti.
Lancei uma garrafa ao mar no dia 1 de janeiro de 2010. Lá dentro tinha uma baleia origami azul, na qual eu e a minha irmã escrevemos os nossos e-mails. Aguardamos por notícias de um desconhecido :-)

4 – Qual a música mais especial para ti? Porquê?
É difícil escolher só uma, mas esta é especial, por ser... agridoce.
(Foi com esta música que o Ed Harcourt me conquistou e já a ouvi milhares de vezes).

5 – Se tivesses uma Máquina do Tempo, onde gostavas de ir? Porquê?
Queria assistir ao meu nascimento :-)
E se pudesse fazer mais duas viagens gostava de assistir igualmente ao nascimento dos meus pais.

6 – Qual a tua maior qualidade?
Gosto de ajudar os outros.

7 – Qual o teu maior defeito?
Teimoso (mas já fui muito mais...).

8 – Se pudesses mudar algo na tua vida, o que mudavas?
Mudava de cidade (para começar, claro).

9 – Encontras a lamparina mágica e dela sai um génio que te concede um desejo. O que pedirias?
Pedia que me concedesse mais um milhão de desejos, e depois oferecia um a cada um dos meus amigos :-)
(Já tinha partilhado esta ideia com a minha filha, que achou-a fantástica :-)

10 – Qual a maior loucura que fizeste até hoje por amor?
Foram algumas mas, como foram pela pessoa errada, não contam. Serei capaz de loucuras maiores.

11 – Dá um título para o livro que é a história da tua vida.
Eu.

11 coisas sobre mim, ao som de Estou com azuis (Sérgio Godinho).

Ouvi dizer que "todos nós somos googlaveis, por isso convém que seja pelas melhores razões".

A vida nas redes sociais, ao som de Ouvi dizer (Ornatos violeta).

Ao som de Mind games (John Lennon).

O nosso amigo Arrakis comemora hoje 21 anos de relação com o seu R. e isso deixa-me emocionado.

Além de toda a admiração que tenho pela história que eles construíram juntos, a mesma só pode ser um exemplo de inspiração para cada um e nós.

Eu sou um romântico, acredito no amor eterno e acho que vou procura-lo até ao último dos meus dias.

E porque estou convencido que o amor é uma coisa simples, dedico-lhes esta música singela, que foi muito especial para mim e para o homem que mais amei, e que por acaso eles conheceram no último (e triste) dia dessa relação...

Um enorme abraço para os dois.

"O que tem de ser, tem muita força."
Expressão (que podia ser) gay.

Ouvi dizer que "as coisas mais importantes da vida não são apenas as que ficam no coração, são também as que vêm do coração.

Sobre a vida, ao som de Ouvi dizer (Ornatos violeta).

Se a vida são dois dias, temos que aproveitar as noites.
Sobre a vida, ao som de Viva la vida (Coldplay).

Se o Arrakis tivesse uma piscina, seria assim.

Para quem não acompanha o blogue do Arrakis, fica aqui a nota de que esta post é um agradecimento coletivo ao bloguista que durante mais de um mês "ofereceu" piscinas a alguns dos que o seguem.

Agora esperamos que ele escolha uma piscina e que nos convide a todos para a grande pool party de fim de verão :-)

(Parece que ele nos trocou as voltas e que irá postar mais piscinas mas o tributo estava agendado para hoje e assim teve que ser :-)

Já que a vida é curta, que o resto não seja.
Sobre a vida, ao som de Viva la vida (Coldplay).

A vida é apenas um sopro.
Sobre a vida, ao som de Viva la vida (Coldplay).

"Não há regra sem excepção."
Dito (que podia ser) gay.

"Quem o feio ama, bonito lhe parece", diz o povo.

Contrariamente ao que aparenta, eu julgo que este dito se refere à falta de beleza interior.

Quando amamos, relativizamos o lado menos bom do outro e saímos em sua defesa perante tudo e todos, como um Dom Quixote.
Há quem viva assim uma vida inteira. Alguns um dia percebem que afinal amaram um monstro, que se tornará parte dos seus pesadelos.

Mas o povo tem razão, porque o amor não é racional, por isso a pergunta da canção é pertinente: "então rapaz, então porquê a raiva, se a culpa não é minha?".

O travo amargo da solidão, ao som de Um dia mau (Ornatos violeta).

Paul Buchanan.
É o álbum de estreia a solo do ex-Blue Nile, homónimo da música que deixo como escolha da semana - Mid air.
Poderia ser a banda sonora da semana nostálgica que tive...

Ouvi dizer que "ser simples é complicado".

Ao som de Ouvi dizer (Ornatos violeta).

Eu sonho tanto acordado, que não preciso que sonhem por mim...

Fora da parede, ao som de O sonho (Madredeus).

No domingo fui com o meu amigo R. à praia e, por escolha dele, fomos à 19. Enquanto caminhávamos pela beira-mar, falámos sobre a normalidade daquela praia, que tendo maioritariamente público gay, tem muitos casais heteros e famílias, que até fazem nudismos em maior escala. Às tantas o R. encontrou um grupo de amigos e ficámos junto deles. Uns mais libertos que outros, os gays na 19 parecem uma tradicional família portuguesa na Caparica, com chapéus de sol, mantas, raquetes, geleiras, cães... e muitas fotografias de uns com os outros, para o facebook, claro. Aquele enorme areal gay da Caparica dá para tudo e estava cheio, como sempre, com grupos de portugueses, espanhóis, brasileiros, franceses... e muito poucos a fazer nudismo.

A cena mais caricata da tarde aconteceu à saída da praia, junto ao bar, onde supostamente já nem é "território gay". Um jovem francês, giro e perdido de bêbado, aproximou-se de nós, muito trôpego, e despiu os calções de banho; ficou completamente nu, cambaleante, enquanto nos fitava nos olhos; seguidamente vestiu as calças e veio, com um aperto de mão, apresentar-se e perguntar o nome a cada um de nós. Depois aproximou-se de mim e do R. e, enquanto olhava de soslaio para os amigos dele, disse-nos baixinho que não gostava de gajos musculados, pois preferia os mais normais. Rimos, sem perceber a qual dos dois ele se estava a atirar. Entretanto um amigo, ainda mais giro que ele, veio chamá-lo e nós fomos embora, mas o garoto ficou parado no areal, com ar triste, a ver-nos partir.

Aquele instante deixou-me igualmente triste, com a nostálgica sensação que o verão tinha acabado...

Crónicas da praia 19, ao som de Beira-mar (Maria Bethânia).

Ouvi dizer que "o Facebook é o nosso exterior, o Blogue é o nosso diário e o Tumblr é o nosso coração."
Assim sendo, devo ser uma pessoa sem coração.

As redes sociais, ao som de Ouvi dizer (Ornatos violeta).

O A. tem 17 anos e meio. Conheci-o quando ele tinha 1 ano. Andei com ele ao colo, dei-lhe banho, troquei-lhe fraldas, passou por meu filho muitas vezes e até fui eu que o mandei fazer pela primeira vez a barba.

Temos fortes laços familiares, que embora não sejam de sangue, nos vão manter em contacto para o resto da vida. Nos últimos 3 anos vimo-nos apenas em circunstâncias de reunião familiar e nem sequer conversámos, porque perdemos a afinidade há alguns anos. No último almoço de família que tivemos, lá estava ele, segundo a família "em mudança de estilo" e, aos meus olhos, cada vez mais gay...

Desde os 4 ou 5 anos dele, que acho que ele é gay. Já na adolescência dele, pedi-lhe algumas vezes para usar o pc, mas ele limpava o histórico antes de me emprestar o portátil... Tal tem sido a minha convicção, que nos últimos 2 anos tenho esperado pelo dia em que vou encontra-lo na noite gay de Lisboa...

E há umas semanas cruzei-me com ele no Bairro Alto. Ele ia com um amigo, que aparentava ser gay, e desciam a Calçada do Combro em direcção ao Largo de Camões. É certo que foi à tarde, mas também é verdade que foi nos metros quadrados mais gays da cidade, e não me parece que tenha sido por acaso.

Vai ser um dia complicado, para ambos, quando nos encontrarmos na pista do Trumps, mas julgo que a próxima primavera nos poderá trazer algumas respostas...

À espera da próxima primavera, ao som de Young boy (Paul McCartney).

"Dar a outra face."
Expressão (que podia ser) gay.

Ouvi dizer que "os melhores anos da nossa vida são aqueles em que começamos a fazer aquilo que queremos fazer."

O melhor da vida, ao som de Ouvi dizer (Ornatos violeta).

Grizzly Bear.
A banda de Brooklyn regressa com novo álbum a 18 de setembro. "Shields" é o nome do novo álbum e "Yet again" é a minha escolha para música da semana.

Já fui...

... ao Tó

Hoje é dia de ir.

E é ali para os lados do Mogadouro que poderemos ir ao Tó.

Pérolas da toponímia, ao som de Conquistador (Da Vinci).

Segundo notícia que li hoje no DN, um médico australiano, Mark Craddock, em 2008, prescreveu medicamentos para castrar quimicamente um jovem e o "curar" da sua homossexualidade.

Os dois pertenciam à "seita" religiosa Exclusive Brethren.

4 anos depois, o médico perdeu a sua licença para exercer medicina, o que me parece pouco e irrelevante, atendendo aos seus 75 anos de idade.

Presumo que o rapaz continue gay...

O artigo completo no Diário de Notícias:

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2753161&seccao=%C1sia 

Uma questão de pontos de vista.
São tantas as situações em que uma coisa parece a oposta, em que se passa do "sim" ao "não" sem um talvez intermédio.
E nem sempre é com arte...

Yes-No

As obras são do escultor e artista conceptual, Markus Raetz, ao que me parece, com muitas influências do surrealismo de Magritte.

Como dizia alguém no Bairro Alto este fim-de-semana:
"Esta esquina, vista agora do espaço, tem a maior concentração de gajos com mala a tiracolo."
A "esquina" mais gay de Lisboa, ao som de Ouvi dizer (Ornatos violeta).

Não existem medidores de mágoas; apenas palavras para as definir, lágrimas e uma dor abstrata. Cada um sente e quantifica a sua, mais que não seja por comparação com outras. 

Amei como nunca tinha amado e dei tudo; nessa mesma proporção fiquei magoado. Sem contemplação, com falta de amor ao próximo, do outro lado prevaleceu a ausência de respeito e de consideração, e todos os meus sonhos e crenças caíram por terra de uma só vez. Foram 3 anos da minha vida que vi desperdiçados, aos quais somo mais este que se esvai num contraditório ápice.

Espero que setembro seja de mudança e de bonança, porque à medida que me vou desfazendo de algumas más memórias físicas, que afinal não são assim tão volumosas, tomo igualmente consciência que ficou muito espaço livre, para muito mais.

Está a ser dolorosa esta travessia, mas dizem que o tempo e outro amor curam tudo.

Que assim seja, se é assim que tem que ser.

Ao som de Wake me up when september ends (Green day).

"Quero ver-te pelas costas."
Expressão (que podia ser) gay.

Na última semana parei por 4 vezes para ver o pôr-do-sol.

Há muito tempo não me sentava para desfrutar da beleza poente que todos os dias a natureza nos oferece. Nos dois últimos dias foi no cimo desta falésia que assisti a esse momento único de cada dia. Pode ser tão simples como o momento protagonizado por um casalinho que registei numa das minhas fotos, que com uma garrafa de vinho e dois copos fizeram daqueles, certamente, os minutos mais quentes do seu dia.

Faço o exercicio de retirar um dos dois da imagem, e julgo que perde parte da beleza, porque a vida é muito mais bonita a dois, ou não fosse o pôr-do-sol um momento de encontro...

Oiço Matt Costa, para lembrar e esquecer.

 (Falésia sobre a Praia das Bicas, Sesimbra)

 Pôr-do-sol, ao som de Sunshine (Matt Costa).