"Há homens que gostam de mulheres, e há outros homens que gostam das mulheres."
Palavras de Ana Zanatti no Alta definição de há duas semanas, ao som de Woman (John Lennon).
2012/01/31
2012/01/30
Ontem vi, finalmente, o documentário Chris & Don: a love story.
Mesmo já tendo lido amiúde sobre a vida de Christopher Isherwood, pouco sabia sobre Don Bachardy e desconhecia os contornos desta encantadora vida a dois.
E o que mais me surpreendeu e fascinou foi - muito para além da grande história de amor entre dois
homens (e artistas) notáveis - a história de uma vida exemplar.
Ontem, vi uma história que passo a ter como lição de vida, percebi que 30 anos de diferença entre duas pessoa que se amam não têm, de facto, importância nenhuma, e fiquei com inveja destes dois homens que partilharam as suas vidas durante 3 décadas e meia.
Foi e é, como alguns dizem, umas das grandes histórias de amor do século XX.
As imagens falam por si.
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2012/01/29
Dialectos de ternura.
Declaração de amor, ao som de Kissing you (Des'ree).
(Tinta correctora, sobre banco de jardim.)
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off the wall
2012/01/27
O segundo álbum do norte-americano Mike Hadreas, que será editado no próximo mês.
Com fortes influências de Antony Hegarty (Antony and the Johnsons), o álbum tem um conteúdo homossexual muito vincado.
O vídeo de Hood (o primeiro single) é uma pérola em que Hadreas contracena com a "estrela" gay porno Arpad Miklos.
Para ver e ouvir com atenção.
Uma nota final para a lindíssima capa do disco, igualmente embalada pela temática gay.
Hood | Put your back n2 it, 2012 | Perfume genius
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On the radio
2012/01/26
Diz um velho ditado: sorte no jogo, azar no amor. E deve ser um ditados de jogadores e não de amantes, porque foi mesmo assim que o povo o eternizou, com azar no amor.
Pelo andar da carruagem, parece-me que devo apostar no Euromilhões desta semana...
Jogos de azar, ao som de Shell games (Bright eyes).
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2012/01/24
Ouvi hoje da boca de uma mulher, enquanto se falava do tempo:
"Este fim-de-semana vi, pela primeira vez, um casal gay de mão dada a passear na praia. Até tinham alianças. (risadas) Deviam ser mesmo casados. Eles agora já podem... Ai (suspiro), o Mundo está mesmo a mudar."
Subscrevo. O Mundo está mesmo a mudar. E se o boletim meteorológico anunciou calor, não vou duvidar :-)2012/01/22
Procurava por outro rapaz dos perfumes e encontrei este "Capitão América". Entre culpas e culpados - devem ser coisas do destino - o amor revela-se sempre estranho.
Guilty or Strange love...
Chris Evans, ao som de Strange love (Depeche mode).
2012/01/20
Há muito que os fãs do Jens Lekman aguardam por um novo álbum do songwriter sueco. Ele voltou, apenas com um EP, mas que já é muito bom argumento para continuar ou começar a ouvir.
Os que não conhecem, que se divirtam com o bom humor de Lekman (e com um fan-made music video à altura).
An argument with myself | An argument with myself (EP), 2011 | Jens Lekman
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On the radio
Sobre provas de amor.
Uma das rapariga contava, entediada, que um ex-namorado lhe costumava ligar a meio da noite para lhe dizer "acordei para dizer que te amo". Elas riam! Outra dizia que achava ridículo quando os namorados a tratavam por "bebé". Mais riam! A terceira não gostava de "casalinhos" de mão dada na rua. E riam, desalmadamente, desapaixonadas, insensíveis e sem muita paixão para dar!
Como me olhariam se lhes dissesse que tenho namorado, que o trato por "bebé", por "lindo", por "príncipe"... que gosto de ser acordado a meio da noite com declarações de amor, que adoro jantar à luz de velas no skype, e que me surpreendam na campainha da porta...
Quase que, retoricamemte lhes perguntei se seria por isso que continuavam sem homem (de que tanto se lamentam).
Talvez os homens estejam mesmo mais sensíveis (e mais gays, graças a Deus) e ,se calhar, por falta de mulheres como antigamente (porque eu tenho ideia que elas não eram assim).
Provas de amor, ao som de Inside of love (Nada Surf).
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2012/01/18
O amigo pinguim desafiou-nos a contar a nossa primeira vez. Como, de momento, não tenho à-vontade para partilhar tais acontecimentos, decidi (re)publicar um pequeno texto/acróstico com o qual contribui, há uns anos, para um concurso de histórias de outro blogue. Fica, assim, contada a "minha" primeira vez.
E, os mais ousados, podem ir contar a sua primeira vez no whynotnow.
Acróstico
Paulo
Rui
Inês
Miguel
Elsa
Inês
Richard
André
Vasco
Eduardo
Zé
A Primeira vez:
comigo,
com ele,
com ela,
numa praia deserta,
no meu carro,
que repeti e no carro dela,
que nem falávamos a mesma língua (e nem foi preciso),
que me soube a pouco,
na minha cama,
na dele,
na dela, com ele e com ela.
A história escondida de outro concurso de histórias, ao som de Primeira vez (Ana Moura).
2012/01/17
Tenho aproveitado as noites frias de Janeiro para (re)ver Prison Break, onde Wentworth Miller (que chega este ano aos 40) ainda era gajo para nos deixar em estado apneia.
Infelizmente bastarem 4 ou 5 anos para ele ganhar uns quilos (que eram dispensáveis), mas fica o registo dos tempos áureos deste Englishman in New York.
De mãos na nuca, ao som de Englishman in New York (Sting).
2012/01/16
Com o frio que está, ocorrem-me as palavras da Dona Rosete, nos seus tempos de TSF:
"Onde está o aquecimento global quando precisamos dele!"
Frio de Janeiro, ao som de Cold December (Matt Costa).
"Onde está o aquecimento global quando precisamos dele!"
Frio de Janeiro, ao som de Cold December (Matt Costa).
Joseph Gordon-Levitt, o menino do 3rd Rock from the Sun continua... so cute.
Joseph Gordon-Levitt, ao som de I'm so cute (Frank Zappa).
A sua prestação no filme 50/50 (ver trailer), que vi há dias, é magnífica e pode valer-lhe uma nomeação para um Oscar.
Joseph Gordon-Levitt, ao som de I'm so cute (Frank Zappa).
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beautiful boyz
2012/01/15
"Tenho um macaco,
Dentro de um saco.
Não sei que lhe faço,
Não sei que lhe diga.
Dou-lhe um pau,
Diz que é mau.
Dou-lhe um osso,
Diz que é grosso.
Dou-lhe um chouriço,
Isso! isso!"
Uma lenga-lenga (que podia ser) gay.
Dentro de um saco.
Não sei que lhe faço,
Não sei que lhe diga.
Dou-lhe um pau,
Diz que é mau.
Dou-lhe um osso,
Diz que é grosso.
Dou-lhe um chouriço,
Isso! isso!"
Uma lenga-lenga (que podia ser) gay.
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ditos (que podiam ser) gays
2012/01/13
Cosie Cherie são um duo luso-holandes, sediado em Portugal (coisa rara por estes dias), a tocar um indie, folk, rock, com laivos de jazz (ou seja lá o que for), encantador.
A parte de Noiserv e de You Can't Win, Charlie Brown, foi uma das melhores descobertas lusa dos últimos tempos.
Travelling | Book of music, 2011 | Cosie cherie
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On the radio
1992. Entrei para a universidade e iniciou a televisão independente em Portugal. Não havia Windows nem tv cabo. Não havia internet, nem tudo o que ela nos trouxe. Foi enviada a primeira sms e praticamente ninguém tinha telemóvel.
Eu era um garoto de 17 anos, puto, muito puto. Não fazia a mínima ideia se era gay nem o que isso seria. Não havia chat's ou gaydar's e eu não descortinava a existência de discotecas ou bares gays (nem teria tido motivo ou coragem de ir à descoberta).
Passaram 20 anos. Vivi em 6
cidades diferentes. Casei. Fui pai. Separei-me. Hoje tenho namorado (e até já posso casar de novo).
Às vezes questiono-me sobre o que teria vivido nestas duas décadas se me tivesse descoberto mais cedo. E certamente teria vivido muito, num outro lugar do planeta, e hoje seria uma pessoa muito diferente.
Mas não me arrependo de nada porque, no meio de toda esta epopeia, fui pai.
Admiro cada vez mais aqueles que há 20, 30 ou 40 anos tiveram a coragem de aceitar a sua condição e de lutar para que eu hoje possa ser o que sou.
Incomoda-me, deveras, pensar que existe muita gente mais nova que, perante todos os meio que têm ao seu dispor, insiste em contrariar a sua natureza...
O tempo que passa, ao som de Twenty years (Placebo).
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2012/01/11
Aqui está uma palavra com a qual simpatizo, vá lá saber-se porquê:
envergar
v. tr.
1. Curvar; 2. [Marinha] Enrolar e atar as velas nas vergas; 3. [Figurado] Vestir.
Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
envergar
v. tr.
1. Curvar; 2. [Marinha] Enrolar e atar as velas nas vergas; 3. [Figurado] Vestir.
Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
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abc,
ouvi dizer
2012/01/09
Carrie (Andie MacDowel), no filme, "Quatro casamentos e um funeral" enumerava e comentava, com rigor cronológico, os 33 amantes que tinha tido.
A cena ficou famosa por ter sido protagonizada por uma mulher, mas, 16 anos passados, assisti a um episódio de "Bones", em que um personagem masculino espantava outros dois ao contar-lhes que o n.º de mulheres com que tinha estado já se aproximava dos 3 dígitos...
Se o objectivo era chocar, sinceramente não sei se teve o efeito desejado. Os tempos mudaram e, julgo que, nos dias que correm, uma boa parte dos garotos de 20 e poucos anos (gays ou não) deve estar no bom caminho para chegar aos níveis da personagem de Andie MacDowel e, pelo que oiço contar, as miúdas andam pelo mesmo registo.
Eu sou de outra geração, e ainda hoje umas colegas nascidas, como eu, nos anos 70, faziam juízos de uma conhecida delas, dizendo que a moça tinha fama de "navio-escola".
Houvesse marinheiros nesta longitude...
E, longe de me querer canonizar, sou de facto um santo ao pé das histórias que já ouvi nesta vida, tanto de heteros como de gays. Nem todos são como a Carrie (porque, segundo consta, deixa-se de contar ao fim da primeira ou segunda dezena) mas, em contas feitas por alto, já ouvi histórias de quem chegou às largas dezenas, às centenas e até ao extremo dos milhares.
Fica o registo daquilo que poucos terão coragem e memória para fazer: a famosa Carrie's list.
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(sem etiqueta),
cinema/teatro/dança
2012/01/08
2012/01/06
O álbum Kiss Each Other Clean foi a minha primeira recomendação musical aqui no blogue, na altura com o genial Walking Far From Home.
E porque este foi um dos melhores álbuns que ouvi em 2011, não resisti a escolhe-lo novamente para álbum da semana, até porque, por causa do vídeo do novo single (Godless brother in love), que se segue, passou a semana em repeat.
Com dedicatória para todos os que se sintam godless in love.
E porque o vídeo é irresistível :-)
E porque o vídeo é irresistível :-)
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On the radio
2012/01/04
Um amigo meu costuma dizer: "Se queres saber como será a tua namorada daqui a 25 anos, olha para a mãe dela."
Então, se é como diz o ditado - tal pai, tal filho - poderemos extrapolar e acrescento: se queres saber como tu e o teu namorado serão daqui a 25 anos, olha para o teu pai e para o pai dele.
Tal pai, tal filho, ao som de Father and son (Cat Stevens).
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2012/01/02
Neste segundo dia do ano a minha irmã disse-me que, em termos numerológicos, tenho pela frente um ano 8, e que estes são anos difíceis. Nada que eu já não intuísse.
E para tornar o cenário mais negro, fiquei ainda a saber que se segue um ano 9 - de fim de ciclo - em que, como se percebe, terminam muitas coisas...
Não são as melhores notícias para um início de ano - especialmente tendo em conta a história dos últimos - mas que venham eles...
Ano novo, ao som de New years day (U2).
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2012/01/01
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