2011/05/13

Estando habituado a ouvir da boca das mulheres que, para um homem a decoração da sala se resume à tv, ao sofá e à mesa de centro para apoiar os pés e a cerveja, sou levado a pensar que não é próprio de um gajo ir com a mãe às compras para opinar sobre artigos de decoração. Contudo, estas idas ao shopping, com a minha mãe, são aceite com naturalidade por ambos, muito provavelmente porque a minha profissão me confere um estatuto "sensível".
Comentei com uma amiga uma destas idas às compras, justificando com o factor "profissão sensível", ao que ela observou que nada tinha a ver com profissão, mas com género, e que na verdade se devia ao facto de as mães terem uma relação de sintonia com os filhos rapazes. Acresencou que, se porventura tivesse filhos, queria que fossem homens.
Depois deste comentário pensei mais aprofundadamente no assunto, e conclui o óbvio: esta predisposição para um gajo ir comprar almofadas de decoração com a mãe, deve-se ao facto de ser gay.
Ora, os gays não são uns "brutos" quaisquer de pés na mesa de apoio e cerveja na mão a olhar para um tv sempre verde, e as mulheres sabem disso; as mães são mulheres; e fazendo fé naquele velho chavão de que "as mães sabem tudo"...

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